terça-feira, 30 de junho de 2009

LAMENTOS DE UM RIO

Lamentos de um rio

Hoje sou um rio limpo!
Pois meu dono me cuidou!
Há tempos não havia mais água em mim!
Os peixes não nadavam,
as águas não rolavam!
Que milagre foi esse por fim?
Meus donos me cuidaram!
Tomaram conta de mim!
Jogaram oxigênio,
e eu finalmente pude respirar aliviado,
depois de tanta dor sem fim!
Os anos foram passando...
A vida eu fui retomando...
E finalmente.aqui estou!
Os peixes voltaram a nadar...
A água voltou a rolar...
A vida tornou a brotar!
Meus seios tornaram - se férteis!
Há água nas corredeiras!
A vida brotou em mim!
Que saudades tenho deles...
Esses donos...me cuidaram...
Mas não puderam sobreviver ,
muito tempo sem mim...
Não viram a minha melhora...
Não tiveram vida sem mim...

Janaíne Assis


Vazio

Quem não me viu calar?
Não viu o sorriso murchar, o tempo fechar?
Não viu o olho parar, a doença entrar?
Quem não me viu triste ficar?
Não tenha pena de mim, nem desse meu sorriso sem graça...
Não sou bondade, nem maldade!
Mas não viu porquê?Porque não viu?
A felicidade que se estampou quando te vi feliz!
E de repente acabou com as coisas que diz!
Não diga que sou seu mal!
Choro, sofro e penso o seu bem!
Escrevo, mas isso não apaga a vida!
Apenas corrige alguns de seus traços...
Escrevo e nada muda!
Mas alegro-me com esperança!
Não te vi fechar os olhos,
mas doeu de dor no peito!
Se teu mal é meu mal, para que hei de querê-lo?
Porque fala de mim como de você?
Porque diz coisas, que machucam o meu coração?
Porque me põe entre o sim e o não?
Posso ser seu bem, ou seu mal...
Posso ser o nada, um vazio...
O amanhã que perdeu o seu depois...

Janaíne Assis

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