quinta-feira, 25 de março de 2010

Pai e Filho - Teatro

Prezados Blogueiros
Depois de um longo tempo volto a inserir materias sobre cultura nesse blog.


Educação promove apresentação do espetáculo “Pai e Filho”


Incentivar atividades que aproximem cada vez mais os pais de seus filhos tem sido uma estratégia adotada pela Secretaria Municipal de Educação, visando os benefícios que essa relação pode trazer para as crianças tanto na escola, quanto em suas vidas. Nessa semana, professores e alunos da rede municipal, acompanhados de seus pais, puderam prestigiar o espetáculo "Pai e Filho", da Cia. Teatral Matéria Vertente, de São Paulo. As apresentações aconteceram nos dias 23 e 24 de março, às 20h, no Teatro Lúmine.


 
Objetivo


Realizar uma reflexão com os pais sobre temas importantes para a relação pai e filho, tais como: limites, superproteção, relação escola-família e incomunicabilidade. Após a realização do espetáculo haverá um debate com a platéia. Os atores que representam o pai e o filho no palco também o são na vida real.

Co-construção do texto

Após entrevistar as orientadoras educacionais Neila Fernandes, Maristela Castro, Rosemary Spassatempo e o orientador Antônio Caetano de Oliveira, iniciamos a construção do texto dramático baseado nos temas comuns surgidos durante as entrevistas.

Todo o processo de elaboração do texto teve a supervisão geral de Sílvia Correia, diretora pedagógica do Colégio Assunção e professora da PUC São Paulo.

Elenco :
Pai : Silvionê Chaves
Filho: Luan Chaves

Sinopse

Cena 1 - Incomunicabilidade

Abrimos o espetáculo com um texto genial inspirado no Teatro do Absurdo de Eugéne Ionesco, mostrando que pai e filho podem morar sobre o mesmo teto e não se conhecerem.

Cena 2 - Colocando limites

Foi baseada numa crônica de Fernando Sabino chamada “Hora de dormir”, em que o pai tenta colocar o filho para dormir, porque já está tarde. Esta cena mostra a dificuldade que os pais têm em colocar limites aos filhos.

Cena 3 - Relação escola-família

O pai está saindo para trabalhar e o filho mostra-lhe um bilhete da orientadora dizendo que quer conversar com ele. O diálogo se desenvolve e revela que a visão desse pai é que a escola tem por obrigação resolver todos os problemas do filho, como se a educação fosse terceirizada. A cena evidencia também a ausência paterna.

Cena 4 - Superproteção

Essa cena foi elaborada por um escritor Paranaense chamado Giancarlo Felizbino. Mostra um pai superprotetor que não permite ao filho viver suas próprias experiências, escolhendo para ele aquilo que acredita ser o melhor.

Cena 5 - A Despedida

Mostra o momento em que o filho vai partir para viver seus próprios caminhos. Entretanto, o filho diz ao pai tudo que recebeu de bom e os momentos felizes partilhados juntos desde a infância, e que ao partir leva consigo os valores aprendidos nessa convivência.

A última metáfora do espetáculo mostra que os filhos são como navios foram feitos para navegar mar adentro e os pais são como os portos: reabastecem os navios para que novamente retornem ao mar.

 
Comento
Gostei muito da peça, o texto, a mudança de figurinos em cena, a interpretação, interação dos atores com o público, e o cenário simples para um tema sempre contemporâneo, a difícil relação de pai e filho, com um aprendizado mútuo e experiências individuais eternas. Segundo o ator e autor Silvionê Chaves essa colcha de retalhos de textos maravilhosos servem de forma objetiva para o proposito da peça, a começar pela homenagem da primeira cena, a peça " Cantora Careca" de Ionesco onde o absurdo serve para mostrar a questão da incomunicabilidade dos personagens, tema que foi muito bem abordado na trilogia dos filmes de Antonioni ( O Eclipse , A noite e A Aventura ) na decada de sessenta.
 
Em suma um espétaculo que deve ser visto pela familia e ser definitivamente adotado pelas escolas particulares e publicas, no estado de São Paulo e em todo o país.
 
Para maiores informações sobre a peça e o trabalho de Silvionê Chaves acessar o site http://www.memoriasdeumeducador.com/

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