quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ithamara Koorax homenageia Dolores Duran

Apresentação no Teatro da Caixa traz os clássicos do samba-canção e início da bossa nova e revitaliza uma das maiores cantoras que o País já teve

 
Eleita uma das melhores cantoras de jazz do mundo, Ithamara Koorax apresenta na Caixa Cultural Curitiba seu show em homenagem a Dolores Duran. A turnê “Dolores Duran por Ithamara Koorax”, que já passou pelo Rio de Janeiro e Brasília, fica em cartaz de 30 de julho a 01 de agosto na capital paranaense.

Neste novo projeto, Ithamara interpreta composições de Dolores Duran, uma das maiores representantes do samba-canção brasileiro, e faz sua leitura de algumas das mais lindas e ternas músicas da MPB. “A celebração de Dolores Duran é uma oportunidade ímpar para resgatar e revitalizar a obra dessa fantástica artista, revivendo um capítulo mágico da história da MPB”, conta a cantora.

“Castigo”, “A Noite do Meu Bem” e “Por Causa de Você” são algumas das canções solo de Dolores que serão apresentadas no show. Dentre as obras em parceria, estão “Estrada do Sol” e “Se é Por Falta de Adeus”, ambas em parceria com Tom Jobim, e ”O Que é Que eu Faço”, com J. Ribamar.

As composições de Dolores Duran são caracterizadas como músicas de “dor de cotovelo”, exigindo assim uma interpretação intimista, com tom de voz uniforme e o texto bem pronunciado. Para Ithamara, que possui sucessos em estilos diversos do jazz, não é um problema. “Aprendi com Hermeto Pascoal, com quem eu tive a honra de atuar em shows e gravações, que a música é universal. Sigo esta crença com absoluta fé e devoção. Neste momento estou inebriada pela obra de Dolores Duran”.

Ithamara Koorax — Natural de Niterói e dona de uma voz requintada, Ithamara Koorax é uma das artistas brasileiras de maior sucesso no exterior. Sua obra é marcada pela diversidade e seu repertório encanta tanto os fãs de Jazz quanto os de Lounge/Eletrônico, Bossa Nova, Samba e outros. Sua técnica e afinação permitem explorar todas as canções. Lançou 11 CDs e participou de outros 150 discos, entre os quais a produção de trilhas para cinema e temas para novelas.

Em 20 anos de carreira, Ithamara Koorax se apresentou e gravou com grandes nomes da música, como Tom Jobim, Elizeth Cardoso, Claus Ogerman, Dave Brubeck, John McLaughlin, João Donato (que se apresenta na CAIXA Cultural em agosto), Hermeto Pascoal, entre outros. Se apresentou em alguns dos dos principais palcos do mundo: Jazz Café (Londres), Martinus Concert Hall (Helsinki), Carreau du Temple (Paris), Sanyo Hall (Tokyo), Moods (Zurich), Funchal Jazz Fest (Portugal), Teatro Municipal (RJ) Sala Cecília Meirelles, Bourbon Street e Citibank Hall, além de seis excursões pelo Japão e Coréia.

Em 2008 e 2009, foi eleita uma das três melhores cantoras de jazz do mundo ao lado de Diana Krall e Cassandra Wilson, e foi incluída entre as melhores cantoras de jazz de todos os tempos pelo jornalista e historiador norte-americano Scott Yanow, em seu recém-lançado livro “The Jazz Singers: The Ultimate Guide”.

Para surpresa de alguns, a cantora também tem uma carreira sólida na área da dance music. Ithamara trabalhou com alguns dos DJs mais importantes do mundo e emplacou vários hits nas paradas de techno e house music de Ibiza (Espanha). “No Brasil, algumas pessoas dizem que eu me auto-proclamei ‘cantora de jazz’, mas isso nunca aconteceu. Eu canto todos os tipos de música, inclusive jazz. Quando eu gravo trilhas sonoras para cinema ou para novelas, não estou cantando jazz. Meu maior sucesso na Ásia é ‘Dio come ti amo’, uma canção italiana do Domenico Modugno. Na Europa, ‘Un homme et une femme’. Nenhuma delas tem a ver com jazz, foram estouros na parada pop. Se eu fosse uma cantora estritamente jazzística, não teria esta elasticidade estilística. Por que eu deveria me restringir a um único estilo, se gosto de vários?”, explica Koorax.

Dolores Duran
Dolores Duran, batizada Adileia da Silva Rocha em 1930, é o retrato dos anos dourados da Copacabana da década de 50. Artista e boêmia, Dolores foi a ponte entre o samba-canção e a bossa nova, realizando com excelência suas interpretações e composições. O tema principal de suas obras é a dor do amor, cantadas em tom extremamente intimista. Dolores Duran se apresentou nas boates mais conhecidas do Rio de Janeiro, como a Vogue, Little Club e Baccarat.

A carreira musical começou na noite carioca, aos 16 anos, na boate Vogue. Autodidata, aprendeu inglês, francês, espanhol e italiano apenas ouvindo músicas. Morreu prematuramente aos 29 anos e deixou uma obra primorosa, com músicas como “Castigo”, “Olha o Tempo Passando” e “Estrada do Sol”. Seu maior sucesso, “A Noite do Meu Bem”, é um autorretrato que faz penetrar no universo noturno carioca dos anos 50, do samba-canção, do surgimento da bossa-nova, dos bares e das boates, sinônimos do prazer, que se transformaram na intimidade dessa grande compositora.

Serviço
Música: “Dolores Duran por Ithamara Koorax”
Local: Teatro da CAIXA
Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro – Curitiba
Data: de 30 de julho a 01 de agosto
Horários: sexta e sábado 21h e domingo 19h
Ingressos: R$20 e R$10 (conforme legislação e clientes CAIXA) e 20% de desconto para o Clube do Assinante Gazeta do Povo
Bilheteria:(41) 2118-5111 begin_of_the_skype_highlighting (41) 2118-5111 end_of_the_skype_highlighting (de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, das 16 às 19h)
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Lotação máxima do teatro: 125 lugares (02 para cadeirantes)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cinema e Literatura


 
Essa questão é bem antiga sobre adaptação de prosa literária para cinema, è claro que não se deve e não se pode misturar esses dois importantes segmentos da cultura e da arte. São duas formas bem distintas de expressão cultural e que são usadas diferentes ferramentas , onde não cabe comparação, aquela famosa frase - O livro é bem melhor que o filme , que ja escutei algumas vezes na saída do cinema sobre adapatação de obra literária,  quando a obra literária  tem uma qualidade de importancia nacional ou  mundial ,ai que o filme se torna um telhado de vidro pela expectativa do publico sobre que tipo de  abordagem  foi dada ao roteiro e direção do filme, onde a midia ajuda a aumentar a uma sútil convocação para julgamento, frases publicitarias empurram de uma forma positiva - veja o filme e leia o livro!
Para ilustrar bem esse texto busquei alguns filmes que vi baseados em obras literárias importantes e destaco O filme" Historias Extraordinarias", que tive a oportunidade de assistir no Cine clube da ex Faculdade Estácio de Sá - RJ ( hoje universidade), onde era apenas um colaborador. O filme é baseado em tres contos do livro de Edgard Allan Poe -   "Metzengerstein" de Roger Vadim -  é sobre uma mulher de família nobre que se apaixona pelo primo, mas não consegue tê-lo. "William Wilson" de Louis Malle é sobre um homem que, durante toda vida, foi atormentado pelo seu duplo; "Toby Dammit" de Federico Fellini é sobre um ator inglês que está constantemente atormentado pelos fãs, repórteres e pelo demônio.O filme do Fellini é baseado no conto "Nunca aposte a sua cabeça com o diabo" que por sinal só acabei lendo ha pouco tempo atrás , sempre tive uma grande curiosidade motivado pelo belo filme do Fellini. Na verdade o episodio do Fellini é muito pessoal onde desenvolve sua história bem estilizada é disparado o melhor em relação aos outros dois episódios.A sequencia da entrega do premio Loba de Ouro ao personagem Toby Dammit , interpretado pelo ator Terence Stamp é um dos grandes momentos do cinema mundial. Li recentemente o livro O Fotografo do escritor Cristovão Tezza e um dos personagens Professor  universitário Duarte  vai assistir a um  filme com sua aluna de Mestrado Lídia e durante o trailer " As ilusões perdidas" baseado no romance de Honoré de Balzac diz : Voce leu As ilusões perdidas ? ele pergunta , e era como se ele ganhasse tempo recuperando o proprio terreno, a voz do professor . E antes que ela respondesse - Leia antes de ver o filme para não destruir a leitura, e ela riu - è a grande obra de Balzac. Essa passagem  do livro me faz lembrar o seguinte, se o Professor Duarte tivesse visto o filme Toby Dammit do Felini com certeza  teria dito o contrário.
Talvez o Professor Duarte ,devesse ver filmes adaptados de grandes obras literárias, que conseguiram  muito mais  do que um mero registro do original, ai é que esta a  diferença dos grandes diretores de cinema!



quinta-feira, 15 de julho de 2010

FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO

APRESENTAÇÃO


O FIT (Festival Internacional de São José do Rio Preto) chega à sua 10ª edição em 2010. Realizado pela Prefeitura Municipal de Rio Preto e pelo SESC SP, o evento é considerado uma das principais manifestações culturais do País.

Entre os dias 15 e 24 de julho, a cidade torna-se um grande palco para as manifestações artísticas. O FIT está entre os cinco maiores festivais de teatro do Brasil e traz, a cada edição, novos conceitos do teatro contemporâneo, incluindo em sua programação criações locais, nacionais e internacionais, que são apresentadas em espaços fechados e locais públicos em diversos pontos da cidade.

Com o tema “Conquista da Singularidade”, a edição deste ano tem como característica a ousadia, a busca pelo novo e o caráter experimental, trazendo teses teatrais nem sempre resolvidas completamente e mostrando processos que exploram diferentes maneiras de comunicação.

Na programação deste ano, o FIT apresenta seis espetáculos internacionais e 32 nacionais, entre eles seis infantis, cinco de rua e dez grupos de Rio Preto. Junto com os espetáculos, desembarcam na cidade as melhores companhias teatrais, artistas premiados e diretores consagrados, que somam-se aos talentosos grupos rio-pretenses para proporcionar a milhares de espectadores um contato inesquecível com a magia do teatro.

Histórico

Com 10 anos no formato internacional, o Festival de Teatro de Rio Preto soma, em 2010, 41 edições. O evento surgiu no final da década de 60, em um período em que o Brasil ditatorial atravessava diversas transformações sociais e políticas.

Em seus primeiros anos, tinha caráter competitivo e amador. Com espetáculos vindos do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, a primeira edição do Festival contou com a participação de 11 grupos, que se apresentaram na igreja Basílica, no bairro Boa Vista.

A apresentação de estreia, em julho de 1969, foi realizada pelo grupo de Rio Preto Teatro Jovem da Casa de Cultura, formado por Humberto Sinibaldi Neto, Dinorah Do Valle, José Eduardo Vendramini, Fábio Marques dos Santos, Maria Cristina Miceli, Raildo Viana, Ricardo Albuequerque e Reinaldo Silva.

O evento foi interrompido entre 1973 e 1980, voltando a ser realizado em 1981. Em sua 20ª edição, em 2001, deixou de ser competitivo e passou a ter um formato experimental e profissional.

O Festival Nacional de Teatro Amador deu lugar, então, ao FIT (Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto) que se aprimorou e expandiu, atraindo as atenções de artistas de todo o mundo, além de ser um dos mais aguardados pelo público de diversos estados brasileiros e países vizinhos.

 Quem não sabe mais quem é, o que é e onde está precisa se mexer

 Cia. São Jorge de Variedades

 
Sinopse:


A partir da obra de Heiner Müller, a Cia. São Jorge de Variedades criou a estrutura dramatúrgica que se aventura a contestar, com algum humor, o suposto malogro da revolução socialista e, de quebra, ainda traçar um retrato de sua geração. Inusitada, a encenação percorre as ruas da cidade, e três atores que se encontram levam o público até o espaço de apresentação, onde está montado um apartamento, ou melhor, um “aparelho”.

Ficha Técnica:

Criação e dramaturgia: Cia São Jorge de Variedades, a partir da obra de Heiner Müller

Direção: Georgette Fadel

Elenco: Marcelo Reis, Mariana Senne e Patrícia Gifford

Assistente de direção: Paula Klein

Direção musical: Luiz Gayotto

Direção de arte: Rogério Tarifa

Preparação corporal: Érika Moura e Lu Brites

Desenho de luz: Taty Kanter

Direção de produção: Carla Estefan

Assistente de produção: Glauber Pereira

Técnico de som: André Capuano

Contrarregras: Evandro Pires e Glauber Pereira

Programação Visual: Sato-CasadaLapa

Fotos: Cacá Bernardes

Categoria: Rua

Classificação: 14 anos

Nacionalidade: Brasil

Cidade: São Paulo (SP)

Local de apresentação: Rua Tiradentes n° 3305

Duração do espetáculo: 80 minutos

Apresentação: dia 19 de julho às 16h


Para maiores informações sobre o Festival Internacional de Teatro acesse o site http://www.festivalriopreto.com.br/